A Receita Federal quer apertar a
legislação sobre sonegação tributária e garantir a punição criminal dos
contribuintes que deixam de pagar impostos. Em parceria com outros órgãos, como
Polícia Federal e Ministério Público, os técnicos discutem a elaboração de um
projeto de lei alterando a norma atual, pela qual o crime de sonegação se
extingue no momento em que o contribuinte paga ou negocia o parcelamento dos
Tributos devidos.
O secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, também estuda uma proposta de alteração legislativa para ampliar o poder das áreas de fiscalização e controle do Fisco. As iniciativas foram aprovadas no final do ano passado durante reunião dos órgãos que integram a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA).
ANÁLISE POLÍTICA
O
coordenador de Pesquisa e Investigação (Copei) da Receita, Gerson Schaan,
informou que a ideia é apresentar até o final do ano minutas com as propostas de
mudanças nas leis. “A chance é zero de chegar ao Congresso Nacional esse ano”,
frisou.
Segundo ele, o debate ainda é técnico e precisará de uma análise
política sobre o momento de submeter os textos para aprovação do Legislativo.
Ele, no entanto, defendeu a importância das iniciativas.
Schaan afirmou que o
fim da extinção da punibilidade pelo pagamento dos impostos é importante não só
pela questão tributária, mas para evitar questionamentos sobre as investigações
de lavagem de dinheiro.
QUESTIONAMENTO
Isso porque ao ser investigado por sonegação de impostos, o contribuinte também passa a ser alvo de investigação por lavagem de dinheiro. A Receita teme que, ao pagarem os impostos e se livrarem de uma condenação criminal por sonegação, as pessoas físicas e as empresas passem a questionar na Justiça a continuidade da investigação por lavagem de dinheiro.
Isso porque ao ser investigado por sonegação de impostos, o contribuinte também passa a ser alvo de investigação por lavagem de dinheiro. A Receita teme que, ao pagarem os impostos e se livrarem de uma condenação criminal por sonegação, as pessoas físicas e as empresas passem a questionar na Justiça a continuidade da investigação por lavagem de dinheiro.
“É uma maneira de equacionar o problema da legislação
para que ela fique mais harmônica”, afirmou Schaan.
Fonte: Jornal de Brasília